terça-feira, 26 de agosto de 2014

Diz que é uma espécie de labne

ou labneh é usado no Médio Oriente com diferentes utilizações. É feito tradicionalmente,  a partir de leite de cabra ou ovelha, fermentados ainda que hoje em dia já seja também feito com leite de vaca. É usual comer-se este queijo labneh ao pequeno almoço nos países do Médio Oriente e eu decidi fazer em casa mas, usando iogurte grego natural.
Muito, muito fácil e podemos temperar de acordo com o que mais gostamos.



Precisamos de:
- 500g de iogurte natural grego
- sal, pimenta, sumo de limão, raspa de limão, azeite....isto dependerá do que mais gosta.

1. Colocar o iogurte numa gaze e colocar a gaze por cima de um recipiente com um coador.
2. Apertar bem e deixar que durante 12h escorra o soro.
3. Passado este tempo colocar numa tigela e temperar a gosto.
4. Servir com tostas, eu polvilhei com diferentes sabores: cominhos em pó, pimenton de la vera, cebolinho e pimenta preta.

domingo, 24 de agosto de 2014

Tortas de aceite ou uma versão menos convencional

Andei por aí, a matar saudades dos meus! Daquelas saudades que dão cabo de nós ao longo do ano. A falta de um abraço, do cheiro do meu pai quando acaba de fazer a barba, de acordar e me deitar na cama da minha mãe, saudades de tantas e tão pequenas coisas. São sempre as coisas pequenas que fazem a diferença! Aquelas que me fazem falta e que me estrangulam a alma. A ausência é difícil, a saudade dói. E temos apenas dias para aniquilar essas saudades que, o dia seguinte ao regresso, regressam em força. Quem disse que era fácil? Suponho que ninguém.
E quando estive ausente senti saudades da minha casa. Muitas saudades e compreendi que há muito que este é o meu lar. As saudades são tramadas, aparecem quando menos contamos com isso.
Mas os meus pais e a minha irmã fazem-me muita, muita falta. 
Nestas férias comi tanto pão, nunca comi tanto pão nesta vida e tanto pão diferente. 
Trouxe muitos ingredientes novos para criar mais receitas, vi e reli rótulos, vi e verifiquei as prateleiras em busca de inspiração.
A minha irmã ofereceu-me um livro sobre legumes do Marabout e a promessa de um de pastelaria na lista de Natal.
Trouxe mais copos para a iogurteira e fui olhada de lado no aeroporto tomara, tanta massa diferente....
Acampei, passei duas noites sem dormir, andei 20km a pé numa manhã, comi figos na beira da estrada de uma árvore solitária, fiz anos de casada, celebrei os anos da minha metade da laranja, fiz uma tarte tatin, um bolo de nutella, comi numa taberna maravilhosa, ri e conversei, muito.
E encontrei-me com uma amiga de há muitos anos (quantos já lá vão?) e o seu abraço faz milagres, podem crer. 
Voltei preparada, cheia de vontade de cozinhar e desta vez fiz uma receita daqui que há muito me tinha deixada de água na boca. Retirei a clara para o pipoca poder comer.



Precisamos de:
300g de farinha tipo 55
1 colher de chá de sal
2 colheres de chá de funcho 
100ml de óleo de linhaça Sovex
150ml de água (quente)
3 colheres de sopa de açúcar demerara
25g de fermento fresco para pão
leite de soja para pincelar

1. Aquecer o forno a 230º.
2. Misturar farinha, sal e sementes de funcho numa taça.
3. Noutra taça misturar o óleo de linha, a água (morna), o açúcar e o fermento e mexer até fermento desfazer. Deixar que o açúcar se dissolva e deixe actuar uns minutos.
4. Faça uma cova na farinha e adicionar a mistura líquida, mexendo com um garfo até a massa ficar ligada.
5. Amassar um pouco à mão.
6. Estender a massa com o rolo bem fina e formar discos.
7. Colocar as bolachas em tabuleiro untado com azeite, pincelar com leite e polvilhar com açúcar.
8. Levar a cozer entre 10 a 12m.



terça-feira, 5 de agosto de 2014

mini pimentos recheados com millet

Há alturas em que as boas receitas são como as cerejas, vêem umas atrás das outras.
Há alturas em que temos tempo para os pormenores, os props, a iluminação e outras em que não há tempo para nada nem para comer quase.
Vou descobrindo coisas que me saciam, outras nem por isso, outras me deixam enjoadas. Vou ajustando as comidas ao meu palato. Como muito feijão verde! É época dele. E tomates coração de boi, os meus favoritos. Salpico com salsa ou coentros. Uso cominhos, a rainha de entre todas as especiarias que existem em minha casa. Adiciono o meu molho de tomate pirlimpimpim, junto-lhe parmesão ralado e ai...tão bom!



Precisamos de:
- pimentos (usei miniatura vermelhos, laranja e amarelo)
- millet (cozido em água, sal, pimenta e cominhos)
- 2 fatias de bacon
- molho tomate (= tomate pelado triturado com oregãos, azeite, sal e um pouco de açúcar)
- queijo parmesão
- tâmaras

1. Cortar o topo dos pimentos
2. Dourar o bacon cortadinho em pedacinhos (sem gordura) e saltear o millet.
3. Rechear os pimentos com a mistura do millet.
4. Colocar o molho de tomate no fundo de um pirex.
5. Colocar os pimentos, regar com um pouco de molho.
6. Descaroçar as tâmaras, cortar em pedacinhos e colocar no meio do molho.
7. Polvilhar com queijo e levar ao forno a 180º C até ficar tenro.
8. Servir com rodelas de ananás grelhado e salada.